quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

O Miúdo da Bica


Fernando Tavares Farinha nasceu no Barreiro em 1928. Aos 7 anos já cantava nas casa tipícas de fado e lhe valeu o cognome .A sua carreira foi de 53 anos em que lançou gravações de emormes éxitos como Belos Tempos,Deus Queira,Não Isso Não,Destino Marcado,Canção de Lisboa,Fado das Trincheiras e centenas mais.Em 1962 foi prémiado Rei da Rádio e o seu sucesso encontrou-se durante as decadas dos 60s e 70s.Foi um artista muito querido pelos emigrantes Portuguêses espalhados pelo mundo e realizou diversas digressões pelo estrangeiro e,foi numa delas ao Canadá em 1984 que o conheci pessoalmente e mantive como amigo até a sua morte em 1988.O Miúdo da Bica foi uma pessoa simples,nostalgica e gostava de discutir política.Desposto para ajudar,foi um grande poeta e tocava viola aonde musicou diversos dos seus poemas.Foi casado cerca de quarenta anos e sem filhos e, morou mais de trinta anos na mesma casa na Rua Maria Pia aonde eu frequentei várias vezes.Foi um dos primeiros fadistas a gravar e actuar com a presênça do instrumento viola-baixo tocado pelo Joel Pina no celebrado Conjunto de Guitarras de Raúl Nery.Foi respeitado por outros artistas afastados do fado e seus grandes amigos foram Tristão da Silva,Manuel de Almeida,Raúl Nery e António Calvario.De Fernando Farinha eu estimo um disco em que fui eu o responsável por a foto na capa.No dia 13 de Julho de 2005 a Câmara Municipal de Lisboa manifestou a sua total concordância de Atribuir à Via 5 à Via 3 à Rua do Vale Formoso de Cima o seguinte topónimo:
RUA FERNANDO FARINHA
FADISTA
1928-1988

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Pobre Fado

Pobre fado que eu adorei...tão feio te vejo agora.
O fado é uma das coisas que podemos afirmar que é verdadeiramente de origem Portuguêsa.Grande pena que eu sinto que os fadistas de hoje não o cantam com dignidade e respeitar-lhe as humildes origens.Tem gráça que alguns fadistas de hoje até dizem que não gostam do ambiente das casas de fado.Isto é algo de curiosidade porque é contrário às raíses do fado em que era canção do gingão e não dos marqueses.Um fadista tem que ser humilde,de conversa e sobretudo pessoa em que o povo tenha acesso.Claro,isto é apenas a minha opinião e tenho direito a espressar que,com um pouco de desgosto,vejo hoje o fado malogrado e com pouco sentimento.Temos que acompanhar a evolução do mundo e tal se justifica mas acho que será dificíl o fado ter outra vez fadistas como até o final da decada de 1980.