sábado, 17 de março de 2007

Maria da Fé


Maria da Conceição Costa Marques Gordo nasceu no Porto em 1945 e sonhou de ser fadista desde os nove anos de idade. Apresentou-se e venceu um concurso de cantadeiras amadoras quando tinha 14 anos, o que venceu, e antingiu a sua estreia em palco no Teatro Vale Formoso do Porto. Quando tinha dezoito anos mudou-se para Lisboa e começou a cantar em casas de fados principalmente na Adega Machado e no Casino de Estoril. Em 1967 lançou o seu primeiro disco dedicado somente a fado em que realizou bastante sucesso com os temas Valeu a Pena e O Primeiro Amor. Durante os anos dos 70s o seu nome é reconhecido a nível nacional e nos continentes da Asia, America do Súl e em toda a Europa. Maria da Fé alcançou o seu maior sucesso discográfico com “Cantarei Até Que A Voz Me Doa” nos anos dos 80s e também com outros éxitos como: Pode Ser Mentira, Divino Fado, Obrigado, Vento do Norte e Fado Errado. Hoje Maria da Fé continua na gerência do seu restaurante típico Senhor Vinho e faz parte do elenco Entre Vozes junto a Alice Pires, Alexandra e Lenita Gentil. Foi e é uma grande fadista bem castiça.

sábado, 10 de março de 2007

Ercília Costa


Ercília Costa, a artísta que é distinguida como a primeira estrela internacional do Fado de Lisboa, nasceu na Costa da Caparica em 1902. Ercília Costa aprendeu e trabalhava no ofício de costureira para um alfaiate na Rua da Escola Politécnica mas tinha um sonho de cantar e de ser artísta. Em 1918, por conseguinte de um anúncio pela Conservatória de Lisboa apresentou-se para a audição em que procuravam cantores. Ercília Costa foi escolhida mas a récita acabou por não se realizar no local previsto do Teatro de São Carlos e resumiu a sua vida habitual. Em 1925 Ercília Costa já era conhecida a nível nacional e tinha o cognome de “A Santa do Fado” por sua aparência no palco e sua maneira pessoal. Por este próprio motivo havia um jornal de padres em Lisboa por nome “A Voz” em que os padres mandaram-lhe comparecer para auferir do nome de Santa. Em entrevista da RTP Ercília Costa respondeu aos padres, “Eu sei que não sou Santa. Até sou casada, nunca vi nenhuma Santa casada. É o povo quem me chama Santa. O que é que eu posso fazer?”. Por essas alturas Ercília Costa cantava em várias casas típicas e retiros entre eles O Ferro de Engomar e o famoso Café Luso que era dirigido pelo Armandinho que foi o guitarrista que a acompanhou nas suas primeiras gravações em 1929. Em 1939 Ercília Costa actuou no Pavilhão Português na Feira Mundial em Nova Iorque e desta representação nos Estados Únidos permaneceu marcante como a primeira fadista internacional. Actuou também em Hollywood e acabou de assegurar amigos entre eles Bing Crosby, Cary Cooper e Joe Dimaggio. Durante os anos dos 40s Ercília Costa continuou a cantar no Café Luso e em 1952 actuou no filme de Perdigão Queiroga “Madragoa”. Retirou-se da vida artística em 1954 e faleceu na sua casa em Algés em 1986

sexta-feira, 9 de março de 2007

Alberto Ribeiro


Alberto Ribeiro nasceu em Ermesinde em 1920, foi actor de cinema, tenor e fadista. Foi um cantor que fácilmente atingia as notas escritas com um timbre soave e forte. Gentil, paciente, bom colega e humilde são algumas palavras que definam o seu jeito pessoal. Actuou ao lado da Amália no filme “Capas Negras” com a inesquecível cancão de Raúl Ferrão “Coimbra”. Nunca foi divulgado publicamente as razões do seu afastamento dos palcos e microfones desta voz inigualável e única. Alberto Ribeiro deixou-nos poucas gravacões mas das poucas existentes provam que foi um cantor maravilhoso e conquistou enormes éxitos entre eles: Coimbra, Adeus Lisboa, Carta do Expedicionário, Serenata dos Olhos Verdes, Marco do Correio, Última Carta e o Fado Hilário. O magnânimo e inconfundível, que o público não o esquece, Alberto Ribeiro faleceu em 2000.

quinta-feira, 8 de março de 2007

Lucília do Carmo


Lucília Nunes de Ascenção Carmo nasceu em Portalegre em 1920. Estreou-se no Retiro da Severa em 1936 e foi nesta casa que a sua voz e talento manisfestou a atenção dos proprietários e empresários das maiores casas típicas de Lisboa. Em 1947 abriu a sua própria casa de fados por nome de Adega da Lucília ( Mais tarde mudou o nome para O Faia) na Rua da Barroca em Bairro Alto quando regressou do Brasil aonde viveu durante cinco anos. Lucília do Carmo realizou poucas digressões pelo estrangeiro e foi pena que não gravou mais discos. Entre os seus éxitos encontram-se: Leio em Teus Olhos, Travessa da Palha, Maria Madalena, Não Gosto de Ti, Preciso de Te Ver, Senhora da Saúde e Antigamente. Lucília do Carmo retirou-se da vida artística na decada dos anos dos 80s e é considerada com uma das melhores vozes que o fado conheceu. Faleceu em Lisboa em 1999.

quarta-feira, 7 de março de 2007

Raul Ferrão


Agora escrevo de um senhor que nasceu em Lisboa em 1890 que foi oficial do exército, engenheiro químico, professor e um dos fundadores da Sociedade Portuguesa de Autores. Mas é como compositor que o nome de Raul Ferrão fica sinónimo com os bons momentos da música Portuguesa. Raul Ferrão escreveu a música para revistas, filmes, teatros, operetas, marchas e fados. Em canções para filmes destacam-se: A Canção de Lisboa, Maria Papoila, A Aldeia da Roupa Branca e A Varanda dos Rouxinóis. Entre os fados que foi compositor: O Cochicho, Velha Tendinha, Rosa Enjeitada, Velho Friagem, Fado das Caldas, Maria Severa e o Fado Carriche. Quem não conhece Adeus na voz da Júlia Barroso, Lisboa Não Sejas Francêsa que a Amália popularizou e Não Gosto de Ti por Lúcilia do Carmo. A sua criação com maior sucesso, sem dúvida, em que conquistou recordes de vendas nacional e internacional foi a melodia Coimbra originalmente cantada por Alberto Ribeiro em 1947 no filme Capas Negras. Raul Ferrão faleceu em Lisboa em 1953.

segunda-feira, 5 de março de 2007

O Fado da Severa



Maria Severa Onofriana nasceu em Lisboa em 1820, o seu nome incessante referência como a primeira cantadeira do fado. Segundo as lendas Maria Severa levou o fado para as ruas da Mouraria aonde ele existia somente dentro das tabernas. Segundo as lendas e a imaginação do escritor Júlio Dantas, Maria Severa desempenhou determinado romance com o Conde de Vimioso o Dom Francisco de Paula Portugal e Castro. Conhecimento exacto destes acontecimentos não existem nem provas de tal. Por conseguinte restão-nos dúvidas e símbolos semelhantes a uma fabula. O que se torna evidente são os dados no livro de óbitos da Paróquia de Socorro em Lisboa que Maria Severa faleceu às 21 horas no dia 30 de Novembro de 1846 na Rua do Capelão Nº35-A-Loja com a causa de morte congestão cerebral. Cítando a mesma fonte, indica que às 16,30 horas no dia 1 de Dezembro de 1846 o seu funeral entrou no cemitério do Alto de São João e, que foi sepultada no dia 2 de Dezembro de 1846 às 7 horas numa vala comum. As lendas e histórias aumentaram apôs a morte da Severa e o Conde de Vimioso e, elevou o fado para a classe dos aristocratas que o próprio Rei D.Carlos aprendeu a tocar guitarra Portuguesa com lições do popular guitarrista da época João Maria dos Anjos. A legação da Severa é que a sua lenda, maior e amplicada mais com os anos que se passam, foi este o seu fado.

sexta-feira, 2 de março de 2007

Fernanda Maria


Maria Fernanda Carvalheira dos Santos nasceu em Lisboa em 1937 começando desde muito nova a sua vocação como fadista. Chegou a ser conhecida como “A Miúda do Alto do Pina” talvez porque a sua carriera se iniciou nas mesmas alturas de Tristão da Silva. Com apenas 12 anos de idade gravou o seu primeiro disco e a sua estreia como fadista profissional ocurreu no Parreirinha de Alfama. Nos anos dos 60s Fernanda Maria realizou o seu sonho com a abertura da sua casa típica Lisboa à Noite, local atraente para as grandes estrelas do fado num ambiente onde os apontadores do fado e os fadistas de nome reuniram-se para ouvir a canção de Lisboa. Fernanda Maria realizou digressões pelo estrangeiro e gravou mais de 80 discos com enormes sucessos como: Zanguei-me Com O Meu Amor, A Mais Linda Canção, Alamares, Desilusão e Não Passes Com Ela à Minha Rua.O nome Fernanda Maria será sempre ligado ao fado e referente como uma das melhores fadistas de Lisboa.

quinta-feira, 1 de março de 2007

António Mourão


António Manuel Dias Pequerrucho nasceu em Montijo em 1936 e foi um artísta versátil que trouxe para o fado umas das mais bonitas vozes até hoje. Além do grande fadista que é, António Mourão foi actor, foi personagem da rádio na Emissora Nacional e cantou fado-canção e folclore. A sua estreia como fadista profissional foi no Parreirinha de Alfama mas, foi no palco do Teatro Maria Vitória que surgiu o seu maior sucesso “Ó Tempo Volta Para Trás” na revista “E Viva o Velho” onde por curiosidade o público deslocava-se proposidamente para escutar a voz de António Mourão. Seu grande interesse pela poesia nacional como os poetas José Carlos Ary dos Santos, Fernando Pessoa e António Alexo ainda hoje se manifesta. António Mourão foi recipiente de vários troféus e prémios mas, afastou-se do meio artístico por razões pessoais. Foi celebre artísta e fadista e, é ainda hoje sinónimo dos bons momentos e clássicos da música Portuguesa.